Assisti pela primeira vez acompanhada de alguns amigos. Se não me engano, um deles o encontrou em alguma lista sobre melhores filmes para assistir antes de morrer. Não sabíamos absolutamente nada sobre o filme e decidimos por ele apenas pela capa. A nossa surpresa foi quando descobrimos que se tratava de um filme em preto e branco de 1957 e confesso que fomos um pouco preconceituosos com ele. Nesse dia, decidimos assistir algo justamente por estarmos nos sentindo entediados e ficamos com a sensação de que algo em preto e branco iria intensificar o sentimento de desânimo. Felizmente um de nós conseguiu convencer o resto a darmos uma chance para vermos no que iria dar.
12 Homens e Uma Sentença (versão original de 1957) acontece todo em uma sala de júri. A missão dos jurados é decidir o futuro de um jovem que nasceu e cresceu em bairro periférico.
O filme conta com um pouco mais de uma hora e meia e durante esse tempo, nós acompanhamos uma longa e cansativa discussão entre os jurados. A sala pequena e o desconforto dos personagens, causado pelo calor, nos deixa agoniados enquanto assistimos.
Os jurados são nomeados por números, acredito que para um melhor entendimento dos fatos. O ponto focal do filme acaba sendo o Jurado 8 (interpretado por Henry Fonda), que chega ao júri com uma atitude e uma opinião controversa ao demais. Ele permanece indagando a decisão de cada um deles, em busca de se certificar que todos realmente analisaram o caso antes de um voto definitivo.
O roteiro e ambientação são as estrelas, já que o filme não traz grandes efeitos especiais ou vários planos de filmagem, já que toda a trama acontece em um cômodo. Vale lembrar que como se trata de um filme preto e branco, eu sei que muitas pessoas apresentam uma certa resistência e eu posso garantir que nesse filme em específico, isso é apenas um detalhe estético e que em pouco tempo o estranhamento é esquecido, pois ficamos presos para descobrir qual será a conclusão.
Espero que vocês também decidam dar uma chance para ele e voltem aqui para me contarem o que acharam.
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